Actualmente a funcionar com uma quebra de 60% abaixo do seu máximo potencial, o principal Sistema de Captação, Tratamento e Distribuição de Água do Luena, instalado no Rio Lumeje, tem se deparado com vários constrangimentos, agravados pelas chuvas, descargas eléctricas e o surgimento de ravinas, que para além de danificar equipamentos, tornam intransitável a estrada que liga a infra-estrutura ao centro da cidade, condicionando o aprovisionamento de combustíveis, fenómeno que constitui uma ameaça séria ao fornecimento de água ao maior centro urbano da Província.

Na época do cacimbo, a cidade recebia diariamente 630 metros cúbicos de água, com uma capacidade de armazenamento acima de 8 milhões de litros, números que registaram um decréscimo para 5 milhões - insuficientes para uma demanda de mais de 8 mil clientes controlados pela EPAS. A zona periférica representa especial preocupação, porque é maioritariamente abastecida por chafarizes, tendo sido reportada a inoperância de alguns, devido a vandalização.

A situação tem merecido particular atenção das autoridades, tanto a nível local quanto central, e foi criada uma equipa para realização de estudos, análise e levantamento de dados, entretanto, antecedida hoje, 14/12, por uma visita de constatação realizada pelo Vice-Governador Para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, Wilson Augusto, tendo garantido a realização, numa primeira fase, de intervenções pontuais para mitigação do problema e posteriormente uma intervenção definitiva que passa pela construção de uma estrada e respectivo sistema de drenagem.

O Vice-Governador apontou a desmatação e ocupação desordenada de terras como principais factores para eclosão de ravinas, e na ocasião lançou um apelo à população para o consumo sustentável de água.

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